se a escolha é um triunfo do poder pessoal,
todo aquele que não a exercita está meramente submetido
sujeito
às intempéries e influxos do tempo-espaço em que se encontra.
muitos séculos de filosofia já se dedicaram ao problema do livre arbítrio.
eu, que tenho me permitido, agora, fazer usos mais agudos
do meu misterioso - para mim - poder pessoal,
percebo melhor o que foram minhas escolhas
mais ou menos conscientes.
às vezes desejo simplesmente me abandonar aos influxos.
toda uma vida nadando contra a corrente
para recuperar um tesouro perdido:
o dom imerecido do amor
- cansam-me os nervos tesos,
permanentemente tensionados pelos problemas de gênero
desde que adentrei o mundo sexuado na prática,
não mais nos devaneios da minha libido infantil.
tesão é manter-se teso,
mas o meu gozo se encontra no abandono,
um salto confiante no lago escuro
do desejo do outro.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2022
pathways - not so open anymore
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