sexta-feira, 4 de maio de 2012

O que [2]

eu posso fazer para arrancar essa agonia venérea do meu peito?
Cravar minhas garras no coração,
Sangrá-lo profundamente,
Fazê-lo pulsar entre os meus dedos,
Dilacerar seus pedaços podres,
Guardar de volta o restante dos trapos.

Batendo fracos, fracos,
No fundo escuro de alguma câmara interna demais para ser alcançada.

[Se eu ao menos conseguisse falar com você!]


quarta-feira, 2 de maio de 2012

Hoje [2]

constatei uma coisa triste, triste.
Já estava com raiva porque
"aheuoconheçotãomalpassamosumbomtempojuntoseelenuncamecontavaascoisaseusequersoubequalonomecompletodeleblahblahblah"
Na verdade, eu que havia esquecido.
E isso não seria tão ruim
Se as lembranças que circundam o fato esquecido não fossem tão doces.

Everything fades away.

terça-feira, 1 de maio de 2012

O que

me deixa com muita raiva é que é sempre assim.
Pra quem eu conto que eu estou com raiva?
E é sempre assim.
Eu escuto só as agruras dos outros.
Quando eu estou triste ou feliz, dane-se.
Quando os outros estão tristes, oi, Mayara.
Quando os outros estão felizes, tchau, Mayara.