sábado, 29 de janeiro de 2011

Apenas algumas perguntas vãs.

Não é um erro chorar quando se está infeliz. Isso ajuda a desafogar o coração de tantas mágoas reunidas.
Reprimir esse choro é um crime. É um atentado ao bem-estar. Faz mal ao coração, fisicamente falando, inclusive.
Segurar o choro não é o mesmo que disciplinar-se. É o mesmo que torturar-se. A disciplina viria da ação que se tomaria para que se evitasse chorar depois.
Porém, ainda que lágrimas sejam [tenham que ser] vertidas, nada pode mudar o que passou. Mas não há erro que não tenha redenção. Essa é sempre uma boa esperança - que não pode ser uma desculpa para que sempre se erre. Mas poucos sabem realmente lidar com essa dualidade tão sutil.

[...]

Também não é um erro ser feliz, não é errado buscar a felicidade. Muito pelo contrário - isso é realmente necessário. Não há por quê querer ser triste, voluntariamente - mas às vezes a tristeza acontece. E acontece principalmente quando pensamos estar alcançando a felicidade. É muito fácil encontrar a dor muito próxima ao prazer. Isso acontece quando o caminho para a felicidade, na verdade, é errado - esse caminho só vai nos guiar a mais jogos duais de prazer e dor. Esse ciclo infinito acaba por nos engolir, arrancar de nós nossas últimas energias - e, mais do que tudo, destrói os nossos sonhos. É um erro parar de sonhar. Isso nunca pode trazer felicidade. Mas é necessário que não se viva num mundo demasiado sonhado. Isso também é um erro.
O caminho certo para a felicidade... onde encontrá-lo?

[...]

Na verdade, é tudo uma questão de equilíbrio. Mas quem de nós possui isso? Quem de nós sabe se manter no centro, evitando os excessos e, consequentemente, os erros? Quem de nós consegue nunca errar?

Quem de nós tem suficiente humildade para admitir que erra?
Quem de nós tem suficiente coragem para pedir desculpas, e tentar realmente acertar?
Quem de nós tem suficiente desprendimento para não pensar que sempre tem razão?

Quem de nós quer, realmente, parar de errar?

Seria bom parar de errar [muito], e pensar que a perfeição divina não existe para as pessoas comuns. Seria bom que fosse possível nos redimirmos conosco mesmos, perdoar-nos a nós mesmos, esquecer o eterno martírio da culpa que temos por causa de nossos erros. Parar com toda essa auto-piedade, com toda essa auto-vitimização, lastimável e estanque, e começar a lutar, de verdade.

Mas por onde se deve começar?

[...]


E se um dia eu, simplesmente, me cansar de insistir no erro, jogar tudo para o alto, esquecer o passado e reconstruir totalmente o presente? Seria possível? Seria um novo erro? O passado não pode ser simplesmente ignorado. E é cansativo ter que fazer isso sempre. Mas qual é a alternativa?

[Eu a sei. Mas... E é nesse "mas" que reside a fonte primordial de todos os meus execráveis erros.]
















[Tudo está indo embora aos poucos, mesmo. E não há nada a ser feito para reverter isso. O tempo, a vida, e você.]

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Finalmente

Tudo está bem de novo.


Até logo, palavras. :*

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

[]

Hoje eu tive um sonho estranho. Não foi bem hoje, foi ontem de madrugada, ou sei lá que hora. E também não foi tecnicamente um sonho, dado que eu não estava dormindo, mas sim estava naquele meio-termo entre o sono e o estar acordado. É o "estado de vigília" que eles chamam, não é?

Pois bem. Foi uma sensação, por assim dizer. Uma sensação estranha... estranhamente real.

(É tão ruim quando a gente não sabe classificar as coisas! Eu não sei nem o que eu vivi. Eu nem sei o que eu estou vivendo.)

Vou parar de enrolar.

Era como se alguém tivesse aberto meu peito com uma navalha, depois o meu coração, e instalado bem lá dentro de uma das suas câmaras (aquela que fica do lado superior direito, eu creio) alguma coisa. Eu não senti a dor do corte, nem sangue escorrendo, nem nada. A sensação exata é a de substituição, na verdade. É como se antes houvesse lá uma pequena caixa cheia de coisas várias, e agora colocaram lá uma caixa idêntica, porém vazia.

Ainda há a sensação de haver algo, só que agora esse "algo" está oco.



Eu sei que isso não é legal.

A ficha

está começando a cair.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Lucidez.

[Ou não.]


"Como você está calma!"

Estou mantendo a tempestade interna sob controle. Mas o gasto de energia mental para conseguir tal feito é algo sobrenatural.

De qualquer forma, é bom tentar (e gratificante conseguir) o controle. Isso sempre nos faz mais fortes, e força é sempre bom.


Força e honra. Agora é a hora de provar, para mim mesma, que as tenho.


Um pouco de otimismo para melhorar a situação. :)

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

(Não precisa ler. É o desabafo número 1438362473268473.)

Talvez eu tenha tido tempo demais para pensar. Talvez eu realmente tenha pensado demais.
Mas é necessário pensar mil vezes antes de agir, antes de incorrer no maldito e tão frequente erro da precipitação. Ansiedade. Às vezes tudo é perdido pela pressa de resolver.
E eu sempre tenho pressa. Eu QUERO que tudo esteja bem, e é pra ontem. Mas as coisas não funcionam assim, feliz ou infelizmente.
Há algo que nunca fez parte de mim e que agora me ajuda a refletir (ou prende minhas ações, dependendo do ponto de vista). É o amor-próprio que eu nunca tive, e que agora grita para ser levado em conta. Não sei se já sou capaz de escutá-lo. Acho que não nasci para tê-lo.
Que bobagem, podem pensar. Todos têm necessariamente que ter amor-próprio, é uma condição de existência saudável. E se eu não quiser tê-lo, e se eu não QUISER ser saudável? Não precisam me obrigar. Não agora.
Sei que absolutamente tudo isso é para o meu bem. Mas eu ainda não estou bem. E isso me inquieta desesperadoramente.

(Mais um desabafo para a lista. Eu só sei escrever assim.)




P.S.: EU ESTOU INFELIZ. Será que é pedir demais querer que joguem, do céu, uma solução bem no meio da minha testa? Podia ser qualquer coisa. Um pássaro, um meteorito, um chiclete de uva, ou uma ideia iluminada. Aí eu teria uma epifania clariceana, aí o mundo seria lindo novamente aos meus olhos, aí eu podia deixar tudo para trás e começar uma vida digna do que eu quero ser. Eu não, NÃO estou NADA contente.