sábado, 12 de setembro de 2009

Só por uma necessidade vital de ressucitar esse semi-morto, meu blog.




De repente eu percebi o quanto preciso das palavras.
Elas me fogem, sempre... Sempre me escapam por entre os dedos como água corrente.
Desde que eu perdi um motivo certo para concretizá-las,
Elas zombam de mim, riem da minha cara,
Ironizam a minha incapacidade,
E se escondem nos recônditos profundos da poesia inacabada.
Elas podem parecer, às vezes, bastante cruéis,
Mas eu preciso delas, preciso que me animem,
Poesia correndo em mim, pelos meus dedos,
Não só pelas janelas da minha alma...
É como se elas fossem pássaros
- E Mario Quintana me perdoe por eu roubar parte de sua metáfora -,
Belíssimas em seu vôo, tão livres, tão plenas,
Tão cheias duma naturalidade...
Tão livres das minhas mãos!
Mas quem não desejou, ao menos uma vez,
Ter um pássaro delicadamente repousado entre os dedos,
Símbolo de uma liberdade não aprisionada, mas conquistada
Através de uma [in]explicável confiança
Criada entre o indivíduo e a Natureza?

Minha incapacidade... que as Musas, n'alguma hora mais apropriada, se compadeçam de mim e venham me salvar...