quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

atordoamento

permaneço ao pé de minha própria alma
interpelando-a, angustiada,
sobre o que é e será de mim nessa grande incógnita da existência.

uma imensa insatisfação permanece
pulsando oca, buraco negro como um coração ausente
que, cheio por densidade, me arrasta para dentro de mim
inapelavelmente.

permaneço longas e vazias horas
a contemplar o imensurável
a ponderar o imponderável:
inutilidade que petrifica.

Um comentário:

  1. "Eu tenho com eles toda a paciência que não tenho comigo, e isso me faz bem: é uma boa troca o que eu recebo deles em retorno." (Eis o que me equilibra).

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:)