sábado, 12 de maio de 2018

01 saudade chamada: teoria do romance

A narrativa perfeita não deixa sobras nas suas emendas. O romance parece um processo tão natural e fluido quanto a própria vida. Ao longo do tempo, parece que o questionamento metaficcional só vai afastando a obra de arte da própria vida, denunciando seu caráter de artifício - o grande erro é achar que o artifício está separado da vida como ela é. No fundo, tudo o que a narrativa busca é a verossimilhança: parecer uma realidade possível. Por que existem narrativas surrealistas muito mais verossímeis do que certos filmes com pretenso objetivo realista?

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