quarta-feira, 27 de maio de 2015

Viagem

Numa crise de ansiedade profundíssima (de origens agora sabidas [ou não]), eu fico congelada, passando loucamente pelo feed de notícias do Facebook pra distrair, em vão, a minha mente (a Internet, até ela sabe o que eu estou sentindo e eu não sei [ou finjo não saber ou prefiro não saber ou]). Daí eu fui na cozinha e peguei um pacote de biscoito maisena e misturei leite condensado com limão e comi quase o pacote inteiro de biscoito com essa mistura prodigiosa

(Em "comi", quase escrevi "comigo")

Eu estou com um medo absurdo. Eu estou congelada pelo medo de sofrer, afinal (como pude saber, obrigada Internet, rs). Mas sofrer não é uma hipótese longínqua, I guess.

Eu realmente preciso de algo que me resgate da minha mente, e que me faça acreditar que não tem razão para complicar tanto as coisas (mas como? como? como?),

(Ô deuses, por que razão não recebemos uma educação emocional decente? Ela é tão mais importante do que qualquer educação formal!)

Afinal, somos poeira estelar, e toda essa coisa de hormônios dopamina ocitocina etc etc é só mais uns conjuntos de átomos que se dissolverão quando alguma explosão sinistra acabar com esse pequeno universo advindo do oceano de universos possíveis - o Grande Multiverso (puta nome bonito que escolheram pra uma coisa tão grandiosa - Multiverso).

Se a galáxia já é muito maior do que qualquer dimensão que qualquer cérebro humano pode alcançar (exceto o Giordano Bruno, ele enxergou além), por que raios eu ficaria sofrendo com coisas tão... ínfimas?

O problema não é a extensão física do universo de fora,
Mas o caos subjetivo profundo do universo de dentro.

(Ridículo, decerto. Mas é a dor que eu estou sentindo agora, então me deixa.)

(E uma dúvida científica: absolutamente tudo o que está dentro de todos os universos possíveis, incluindo eles mesmos, é feito de átomos?)

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