Daí pensei na vertigem que é olhar para um buraco, ainda mais o vertiginoso olhar lançado ao buraco aberto no fundo da nossa alma.
É esse buraco que eu não ando querendo encarar.
O que fazer com isso que vocês (não) deixam aqui dentro?
("Vocês", porque eu não posso culpar a vida, visto que ela é um conceito muito amplo e eu vou acabar voltando a raiva e a frustração pra mim mesma, me disseram. Mas ninguém tem culpa, todos têm buracos, vertigens e angústias.)
Não tem um jeito de tampar isso aqui dentro não.
(E não vou publicar a imagem porque achei que ia ficar esteticamente tenebroso. Mas imaginem - que a imaginação às vezes é bem mais poderosa do que qualquer visão - aquele buraco infinito que te faz se sentir uma migalhinha. É esse que tá aqui dentro, pulsando como um coração oco.)
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