quarta-feira, 23 de março de 2022

o corpo no outono

em dois momentos distintos:
aos 19, embaixo das nostálgicas cobertas,
aos 29, no frio apartamento, nós dois em pé.

então, formigamento e dormência:
inebriante enxurrada de hormônios e descobertas.

depois, gemidos e tremores:
redescoberta da minha pele sob seu gélido toque.

o primeiro vento outonal me acaricia
ativando memórias, três décadas de jornada:
sinto-o, sinto-as. erótico sopro de vida.

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