sábado, 2 de junho de 2018

Sonhos quase vespertinos de um início de junho

As nuvens perfeitamente alinhadas num céu escuro de quase início de noite
Cortavam a janela formando um improvável horizonte
Que culminava, em seu extremo ocidente, no seu rosto,
Aparição fantasmagórica dentro do meu quarto também escuro,
Elemento final de uma continuidade de abstrações
Que, lânguida, eu observava, preenchida por um prazer seco:
Tudo é enevoado nas imagens oníricas
Uma fumaça cinza-azulada cobre as nuvens, os rostos, os corpos
As conexões que se formam são tão exóticas quanto podem ser
Mas nunca, nunca, nunca,
Nunca são casuais.

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