sábado, 2 de abril de 2022

o ponto do pulmão vazio

quando finda o verão, o enérgico outono
             se ergue, virgem impulso vermelho.

nos seus olhos meigos, o segredo do mero viver,
             cotidiano, fácil de eu me lembrar
             (e também esquecer).

no seu toque suave por sobre minha têmpora,
             o mistério da memória e do tempo:

não mais o frescor da brisa outonal
mas o calor das mãos do desejo.

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