segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Olá, boa noite,

Gostaria de comunicar que venho te perscrutando já há algum tempo, incansavelmente, sem conseguir te visualizar de forma definida. Identifico alguns rastros, analiso fragmentos de memória, omito outros, me perco em meio a névoas de confusão e culpa que embaçam as minhas lentes. Trago comigo alguns dos nossos papéis, os papéis de ontem e de hoje, alguns registros digitais, [memórias, memórias, memórias] e o pânico de tentar imaginar os papéis de amanhã.
Que histórias ainda vou contar sobre nós?
O que será que a Mayara do futuro vai pensar sobre as nossas decisões de agora?

Why can't I never leave the past behind?
[Alguns casos são mais ou menos (im)possíveis].
____

Existem tantas cicatrizes quanto existem dores para se sofrer.
Algumas levam menos tempo para fechar por completo, fazer a casquinha, sumir a mancha etc
Outras permanecem como feridas abertas por um looongo tempo
Como uma infecção permanente (como essa que eu carrego comigo, como uma tatuagem invisível, desde o dia em que você cravou uma espada no meu peito
Há um bocado de anos atrás).
Tem as que vão ficar abertas pra sempre mesmo,
Mas é importante saber reconhecê-las,
Ainda que olhar pro fundo do abismo seja profundamente doloroso.

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