uma palavra carregada de temor
que, penso, é tão apropriada
para os nossos tempos apocalípticos
- não porque seja o fim do mundo,
mas o fim de um mundo conhecido.
dentre as profecias, preferiria aquelas que
cantam um vindouro menos:
indiferente
amargo
cínico
doído
triste
só
empilhamos nossas cavernas em espaços bem delimitados.
trancados a sete chaves, temos tudo de que precisamos
para cultivar a ilusão
da autossuficiência.
empilho meus versos em unidades de ideias
que me ajudem a passar por esses dias
áridos, porque a sombra que se projeta
por sobre nossos corações e mentes
é imensa, inequívoca,
e eu não consigo não vê-la.
(meus versos,
minha caverna solitária,
refúgio do meu eu íntimo
que não deixo, também,
de tentar espalhar por aí
- dentre as profecias,
há as que prefiro...)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
:)