uma sombra circundando-os,
uma rede de rugas, algo de opaco
que costumeiramente vejo, também, no meu espelho
- o do banheiro, que nunca mais te viu, nem verá, mas
em que eu me encontro: inescapável,
sob circunstâncias habituais
daí percebo algo que nos une, ainda que não suficiente
para a brutal colisão que eu almejo,
uma que abale as estruturas e ponha tudo no chão
e nos faça reorganizá-lo juntos:
uma costura de linhas temporais
mas não, não, não.
o que eu tenho é a negativa,
pensamentos pensando pensamentos
e um longo passado à espera
de eu fazer as pazes
comigo
mesma
mesmo
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