olho ao redor e tudo é seco
como a nota olfativa de topo:
a areia desértica, árida,
a ressecar minhas narinas
olho além e farejo água
pingando, diligente, do poço do desejo
mas pinga na areia árida
por sua porosidade escorre
não fica nada, nada
o ar elétrico e seco rasga-se
em uma ou outra trovoada
alguns golpes e rajadas de vento
mas não chove
nada molha
não floresce ainda
ainda nada
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