o beijo de Eros em minha alma alheada.
quem te beijou fui eu –
quem quis,
quem fui,
quem fiz.
sob tal responsabilidade, respondo como
quem banca o próprio desejo –
"sem apego ao fruto",
tenho dito às minhas pupilas,
para que também elas tenham coragem
de dar o salto de fé no escuro.
sem as lentes, as formas difusas
ganham um grau a mais de angústia,
esse anseio doloroso.
à luz da janela noturna
diviso, mesmo assim, seus contornos,
fantasma do meu desejo ganhando corpo.
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