“Are you satisfied with an average life?”
“Sad inside.”
A ganância de “ser algo” que não se detém na vida mesquinha
de repetir padrões pré-estabelecidos.
Nos últimos tempos venho cogitando quanto às possibilidades
de também me acalmar quimicamente, para além do derramamento dessas palavras, que
são velhas companheiras dos momentos em que eu só queria arrancar os cabelos,
sair correndo, beber, fumar, feeling that I wanted to die.
A histeria nervosa de ser cobrada um milhão de coisas
diferentes por esse mundo: que não mais me define, nem me permite me definir,
enquanto eu mesma me perco nos círculos viciosos que me roubam a vida sem me
dar a coragem de desistir dela.
O mundo aberto é o mundo da crise, em que tudo o que é
sólido desmancha no ar. A tristeza envenena por dentro, angústia destilada pelo
espírito do Tempo.
“How fast will you succeed?”
O que é ser
bem-sucedido? A velha falácia do “estude para ser alguém na vida”, quando somos
simplesmente porque nascemos.
Pra onde vamos com tanta pressa? Pra onde estamos correndo,
uns contra os outros?
“Garantindo o lugar no futuro?” Que futuro, se nossa pressa
está deixando um imenso rastro de destruição?
Pode ser que eu morra sem sucesso, anônima, amanhã, porque o
futuro não está garantido pra ninguém.
Do caminho para a iluminação: “viver o dia de hoje. Viver aqui e agora, principalmente”.
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