Foi meu pai quem me disse que o conhecimento seria o meu melhor investimento.
Não com esses termos, mas a ideia era essa. Conhecimento, informação, formação, "cultura".
(Quanto à ideia de "investimento", ó deus, eu me recuso a compactuar com ela. Eu me recuso.)
Foi nas lombadas coloridas, distribuídas pelas estantes da casa onde eu cresci, que eu plantei o meu maior desejo: o de superar as barreiras que existiam entre mim e o tesouro encerrado dentro daqueles livros.
(As barreiras ainda existem, a despeito do esforço - e do martírio - diário de ABRIR o livro e me deixar levar pelas correntes de palavras)
Eis uma herança maldita. Mas, de fato,
Será que eu desejaria efetivamente uma vida em que eu fosse pra sempre pensada, em vez de pensar?
Já andei uma boa quantidade de passos em direção à tão desejada "liberdade da escravidão mental";
Todos os dias,
Todos os dias são dias de romper fronteiras e ir além do que o mundo nos coloca como "natural".
(Há dias, contudo, em que a exaustão do esforço me põe no pior dos ânimos
Que é a DÚVIDA quanto à legitimidade de todo esse empreendimento).
Se um dia eu sumir, vocês vão me encontrar no alto da montanha, tentando fugir da ambiguidade da existência, mas sem sucesso.
(Mas se forem me procurar, só me procurem pra me trazer conforto, por favor.)
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