A previsibilidade é algo que já começa a me incomodar. Ora, eu não preciso ser assim, absurdamente sentimental, a todo momento... Porém, do que mais falar?
Há a vida. O amor é um dos seus componentes - o componente prioritário para mim, posso dizer, apesar de todos os contratempos pelos quais passei em função dele.
Mas há a morte, há a riqueza, a pobreza, a alma, o tempo... E os múltiplos motes que eles geram.
E dizer sobre eles é tão vão! Não posso confirmá-los profundamente em mim e expressá-los com relativa importância, porque não os vivi em seus extremos, tal como - penso que - fiz com o amor. Na verdade, não quero viver os extremos de outras coisas. Bastam-me os terrores que a exacerbação do amor gera em mim.
Mas a diversidade criativa bate à minha porta e me cobra outros dizeres. "Chega de todo esse sentimentalismo inútil", ela me diz... Com uma petulância terrível de dizer que meus escritos são inúteis! E é só porque isso fere o meu orgulho que dou atenção a essa reprimenda da Musa. Porque, bem no fundo, quase renegado, tenho um sentimento que me diz periodicamente: "você precisa sair deste caminho. A vida não é feita só do amor e suas ilusões, opostos e fracassos. Não dá para viver alimentado apenas por loucuras e obsessões."
Então acredito que há muito a ser vivido, que estou presa à sensações muito restritas e surreais. Quero me surpreender mais com a vida.
Viver não é algo completamente imprevisível?
O pensamento pode alçar vôos maiores, para além dessas divagações primárias.
Pois então, antes que eu diga mais alguma coisa, dê-me um tempo para viver.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAdorei!
ResponderExcluirApesar de não ter entendido algumas coisas
(como o contexto)
(ser pseudointelectual - o meu caso - dói!)
Enfim, como eu disse mesmo, bem Lispector o blog, mas mais adequado, não enjoei de ler (às vezes acontece quando leio Clarice)
Excelente mesmo, não pare heeeein!
Parabéns