sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Poema incompleto;


Deixe que eu me afogue mais uma vez.
É exasperante essa dor pequena e constante..
Dor de não ser.
Não ser tantas e tamanhas coisas!
Deixe-me estar assim, entregue ao aleatório.
Tão pequena, tão invisível...
Dê-me esse prazer de me sentir crucificada e dolorida.
Me faz tão bem, e tão mal, esse martírio convulso,
Compulsório e opcionalmente desejado..

Deixe que eu me mate, mais uma vez,
Mais uma vez e sempre mais.
Deixe que eu me envenene aos poucos...
Permita que eu esteja sozinha,
Sorrindo numa agonia tola e desenfreada,
Tão, tão desejada...
Deixe-me só, totalmente!
Até que eu esteja completamente acabada.

E então, eu sorrirei uma vez mais,
Serei feliz de mãos dadas com a solidão.

2 comentários:

  1. Primeira estrofe me lembrou:
    Não sou nada
    Nunca serei nada
    Não posso querer ser nada.
    À parte isso, tenho em mim, todos os sonhos do mundo.


    Lindo May! Te amo ;*

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  2. Aquilo que não nos mata torna-nos mais fortes.
    - Friedrich Wilhelm Nietzsche

    Passando bem rapidinho...
    Adorei esse texto seu...
    Escreves muito bem...
    Num é a toa que é flha do Will =D

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:)