sábado, 14 de dezembro de 2024

perguntas infinitas

Loura chiquérrima, a caminho dos 50.
Segura um cigarro desconhecido, olha a vitrine
e ri.
De si mesma?
De todas as escolhas que se colocam
e nós desejamos, do fundo dos nossos corações,
que sejam as mais acertadas
- que não firam nossa dignidade,
que nos façam felizes?
Como prever as tragédias,
os embustes,
os (auto)enganos,
se o sentido mesmo da vida é trágico?
É claro que há as manhãs,
graças aos deuses que as há.
Mas e as noites insones
de revisão de roteiro?
E as noites de cigarro e vinhos caros
que nos levam a contemplar 
nossas vitrines
com (o desejo de) um cigarro
e uma risada (irônica?)
- ou um esgar? 

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