produzir uma sequência de palavras para um interlocutor guarda um mistério que é o da tentativa de abrir pontes. os outros animais, também bichos de corpo, se comunicam de suas maneiras particulares - com olhares, sibilos, órgãos e frequências que talvez nós ainda não saibamos reconhecer.
(e talvez nunca venhamos a saber, visto que o ser humano tal como o conhecemos atualmente tem um impulso de destruição de tudo o que não seja a ponta da lança da produção de 'desenvolvimento tecnológico': homem branco defensor da propriedade privada)
mas o ser humano, há algum tempo, produziu essa tecnologia louca chamada linguagem, e a cisão que isso provocou no espírito uno foi como o fatídico ato de Pandora: todos os males foram libertos e consomem Gaia no afã da nossa angústia existencial.
cindido, incerto de que haja esperanças lá no fundo, o espírito tornou-se três: father, mother and the hideous progeny.
...
eu, a outsider freak, de hábitos e origens pequeno-burguesas, I feel excessive, or not enough.
não quero mais falar palavras vãs. não quero mais pensar desnecessariamente.
(onde mesmo eu devo eliminar excessos e preencher faltas?)
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