Vira e mexe eu apareço aqui no blog para reclamar da vida. É assim mesmo.
Se eu for analisar a trajetória desse meu pequeno espaço virtual, me parecerá perceptível que eu majoritariamente recorri às palavras no momento das minhas crises leves.
As crises pesadas me emudeceram de uma maneira assustadora.
A felicidade me faz querer viver, não escrever.
Essa constatação me dá, ao mesmo tempo, uma pequena esperança, mas com um tom triste de autocomiseração. Me sinto ridícula e impotente. Mas me sinto com vontade de dizer. Ainda que eu não saiba muito bem o que.
Minha exaustão deriva de uma preocupação boba que me faz, contudo, oscilar terrivelmente de humor. Não é um questionamento tão existencial assim. Mas não deixa de fazer parte da existência, afinal. Ou talvez seja a mais existencial de todas as questões corriqueiras. Sei lá.
É consideravelmente difícil estabelecer prioridades para os pensamentos que vão habitar as nossas mentes. Tem uma questão muito pontual que me incomoda diariamente. Mas eu não tenho coragem de admiti-la pra mim mesma - e sempre me debulho em lágrimas quando passo perto dela nas sessões de terapia.
Pode ser que eu esteja escrevendo por estar me sentindo profundamente sozinha. Acho que isso já explica muita coisa. Acho que eu já falei o que eu precisava falar.
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