"Tem carinho, tem afeto, tudo isso. Mas não estou envolvido. Não era isso o que você queria?"
Era exatamente isso o que eu queria. É exatamente isso o que eu estou sentindo, também, inclusive.
Mas existe um labirinto entre o que a gente quer (o ponto de chegada) e o que achamos que queremos (o ponto de partida). E nem sei se a gente chega a atravessar o labirinto no fim das contas. Então seria mais apropriado dizer que (por mais que o meu orgulho ainda prefira a primeira versão):
Acho que era isso o que eu queria, acho que é isso o que estou sentindo, também, inclusive.
Porque, por mais que eu reflita - e eu penso à exaustão todos os sentimentos que batem à minha porta e até os que eu promovo voluntariamente -, nunca tenho certeza de nada, e nunca nada sai como o planejado.
(E eu também estou supondo a ideia inicial, né? Nem dela eu tenho certeza. Ela nunca foi proferida, só lida nas entrelinhas das ações de um passado que já não existe mais para a minha percepção linear do tempo.)
Sei lá o que é que eu tenho que fazer. Se pá eu vou deixar isso tudo pra lá. Já está circunscrito no passado, mesmo. Cada dia é um novo dia, tudo que passou só diz respeito a mim, e pra mim tudo isso morre em cada dia que nasce.
(Mentira?)
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