E a palavra me sugeriu uma ideia um tanto quanto longínqua, mas perfeitamente clara, quase tangível. Necessito acreditar que essa ideia pertence ao meu futuro; será uma boa esperança. Sonho essa ideia já é.
[E não sei se revelo a palavra, porque não sei quem irá ler.]
[Como eu queria saber o que se passará no futuro!]
[...]
E a dúvida é cruel: será que eu devo sonhar e ter esperanças, mesmo? Será que não são coisas vãs, gasto inútil de energia e tempo? Estou oscilando entre o sim e o não, e nunca acho uma resposta exata. Não existe talvez, nesse caso.
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E a lua é uma maldade com o meu coração, essa luz perfeitamente inserida na escuridão noturna. Lembra-me vagamente algo que eu não quero especificar... Mas que está intrinsecamente ligado a mim.
A noite escura, a noite vazia... Vazia de muitas coisas. Mas que ainda tem uma luz, para lembrar que o dia há de voltar. E eu espero pela volta do dia, e espero sozinha. E sozinha estarei quando o sol despontar, e sozinha contemplarei o sol sumindo, a noite chegando, e essa sucessão de certa forma eterna me lembrará, de certa forma, que estou eternamente sozinha.
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Porque eu estou tão reticente? Porque eu espero que as pessoas queiram adivinhar as entrelinhas das minhas palavras? Isso não é interessante. Mas tudo bem. Eu só preciso registrar esses meus pensamentos... Quem quiser lê-los, que se sinta à vontade. Quem quiser me perguntar sobre, eu também não me importo... Só não espere uma resposta objetiva.
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Sonhar é bom, bom demais. Mas sonhar apenas já não está me satisfazendo. Eu ando precisando de muito mais do que sonhos. Ando precisando viver poesia. Isso não é muito difícil, eu creio... Só é necessário que as pessoas certas estejam na minha vida. Certas não - específicas. Não sei se o que eu quero é a coisa mais certa... Mas é o que eu quero, e não creio que seja necessário qualquer julgamento.
Eu vou guardar umas certas palavras, que um certo alguém me enviou, sobre o sonho. Guardo pra mim porque sou um tanto egoísta mesmo. São palavras belas, que me ajudaram deveras. Quando a situação não for mais constrangedora, eu até posso divulgá-las... Mas talvez não seja a hora certa. E talvez a hora certa nunca chegue.
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Ainda me preocupo muito com o julgamento externo, como se já não bastasse a minha consciência implacável me lembrando das minhas inúmeras falhas.
Só não quero que me compreendam mal, mas muitas pessoas assim o fazem. Sei que o problema está comigo. Mas ele insiste em não me largar. Qualquer dia eu tomarei uma atitude mais enérgica em relação a isso.
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É que eu não tenho culpa das prioridades automáticas que meu coração e minha mente estabelecem. Mas eu vou mudar, porque eu quero. E eu vou parar de reclamar, totalmente... Já consegui diminuir drasticamente o pessimismo da minha vida com os meus esforços até agora. Não vou parar, essa mudança é bem positiva.
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'Nostalgia' é uma palavra que sempre me agradou - agora ela me inunda.
'Melífluo' é uma palavra que me chamou a atenção há pouco tempo, e já constitui o léxico das palavras que certamente definem os meus sonhos.
Ainda que 'inefável' seja uma palavra que também pertence a esse conjunto.
Ah, as palavras... Elas me encantam. Acho que estou no caminho certo, então. Quero palavras me rodeando, me encantando e assustando, me despertando e entorpecendo, me incomodando e me acalmando... Até o fim dos meus dias.
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Vai ficar tudo bem, porque sempre vale a pena. Sempre vale. Não existe nada inútil ou casual. Eu acredito nisso.
E fim!
De fato não existe (inúteis ou casuais fatos). Mas algumas coisas sempre valem à pena.
ResponderExcluirComo ler suas palavras aqui. Sempre muito belas, com uma cadência irresistível. Que orgulho que tenho de seres minha subrinha : )
Te amo (L)