"Num gesto que recria a feitura do homem
a mão no braço do poeta reintegra-o
à mesa de bar ao copo vazio à lente quebrada
ao conforto de um calor que transita
dos calos ao braço do braço aos olhos e destes
ao próprio universo
reintegrado
para além das partículas de vidro
grudadas ao olho."
O gesto que reintegra o poeta ao universo - o poeta entregue ao desconsolo de sua angústia -
Essa angústia que o atinge como um raio - ele, que sugou até a última gota de sua garrafa -
Esse gesto
é um gesto de amor:
o conforto do calor do corpo do outro.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2022
Mergulho na alma do poeta
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