O ser humano é cindido em dois: o hemisfério do eu, esquerdo, e o hemisfério do nós, direito.
Ligando-os, o corpo caloso: 3º olho na parte traseira da cabeça, nuca superior.
Mas ele não é um órgão externo como os olhos físicos: é o olho da mente, interior, DIALÓGICO, com a consciência da heterogeneidade, da duplicidade das coisas: seu caráter cinzento.
Liev Tolstói: "Toda a diversidade, todo o encanto, toda a beleza da vida é feita de sombra e de luz."
Safo: "E o amor nascia de sua beleza."
- Décio Pignatari: "Mas aí entra o problema da ciência": pensar com o lado esquerdo que ganha forma na mão direita levantada acima da cabeça.
Mas aí percebem o erro, e levam essa mão não mais ao canto superior direito, mas ao coração.
Como quem diz:
"I'm so sorry."
"Eu sinto muito."
Mas se o que vier depois não for uma acolhida radicalmente generosa,
Levar a mão ao coração equivalerá a lavar as mãos.
(No sentido metafórico, é claro.)
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