segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Tipo isso.


Psicografia
Também eu saio à revelia
e procuro uma síntese nas demoras
cato obsessões com fria têmpera e digo
do coração: não sou e digo
a palavra: não digo (não posso ainda acreditar
na vida) e demito o verso como quem acena
e vivo como quem despede a raiva de ter visto

Ana Cristina César






Eu sou tudo o que eu digo.
O que eu não digo, é o que não entendo de mim.



E se você tivesse a mesma sinceridade?

Um comentário:

  1. "aqui dentro - e é óbvio - os piores dias são os sábados e os domingos. eu não sei como acreditar mais em tudo isso - hoje é sábado, amanhã é domingo, depois é segunda etc. aqui dentro é mais fácil. mas a volta ao lar, ao útero, o encontro com deus - esta pode ser a tentação do demônio.
    (..)
    lá fora, os piores dias são todos, principalmente quando me custam vinte e quatro horas de medo, e solidão e monólogos. por isso é difícil participar da contagem regressiva e esperar por domingo, segunda, terça etc: a ilusão dos que não compreendem que o número zero é o princípio e o fim de tudo e que a vida é um processo linear que ao mesmo tempo em que vai, está voltando"

    T.N

    Ao som de cordas arrebentando, um violino desafinado gritando enquanto a chuva se recusava a cair.
    E aí?

    A sinceridade é linda.

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:)