quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Sabotagem!

E o dia é cansativo, chuvoso, escuro e quente.
E o que esperar de amanhã?
E o que fazer do hoje?
[...]
"Looking out the door I see the rain fall upon the funeral mourners..."
E a minha vida terminará por ser a mesma coisa, sempre.
Porque eu... eu não aprendi a fazê-la ser diferente.
"Too young to hold on, and too old to just break free and run..."
E essa música sempre me diz, profundamente, algo que eu já tentei, de maneira frustrada, explicar.
Acho que eu não quero tentar, mais nada.
Deixa que a música pode me consolar da vida que eu imagino, mas que não existe para mim.
[...]
"Maybe I'm just too young to keep good love from going wrong..."
Mas então eu começo a acreditar que não é, mesmo, culpa minha.
E então eu começo a realmente acreditar no lado ruim das coisas,
Porque o lado bom já deixou de fazer efeito há algum tempo.
E não precisa ninguém entender, ninguém saber.
Eu só preciso conversar, um pouco, comigo mesma.
Uma maneira semi-autista de me entender.
Pelo menos eu não estou irritada,
Não muito.
Pelo menos eu não estou triste
- Nem um pouco.
Eu só estou um tanto quanto entediada.
Tédio. Isso, definitivamente, não é bom.
Mau sinal - de maus tempos.
[...]
E para tudo o que eu deixei de ter, o meu lamento.
E para tudo o que eu posso vir a ter, a minha esperança.
E para tudo aquilo que eu conquistei, a minha gratidão aos deuses.
E para tudo aquilo que eu negligenciei, o meu remorso.
[...]
Remorso. Arrependimento.
Há pessoas que adoram dizer que não sentem isso.
Eu sinto, e não tenho nem um pouco de vergonha de admitir.
Mas eu só me arrependo daquilo que eu não vivi, que deixei de viver...
De restante, tudo valeu a pena.
Tudo vale a pena, afinal...
Eu sei que a minha alma não é pequena,
Apesar de tudo.
[...]
Será que eu estou fazendo tudo errado, e por isso as coisas estão dando errado?
Mas que droga!
Quem mandou ser tão insatisfeita com tudo?
Quem mandou ser tão absolutamente errada?
Quem mandou ser tão.. tão..
Ou tão pouco...
Ai, os meus excessos, constantes e destrutivos.
(Modo dramático ativado.)
O que é da vida, senão um drama?
Ou uma tragicomédia...
Pelo menos não é uma tragédia completa, graças àqueles que me protegem.
E nem uma comédia completa, porque eu não teria bom humor o suficiente para isso.
[...]
"Bom, não sei, não sei de nada."
E essa frase talvez não devesse ser tão verdadeira em contextos mais restritos.
Mas eu não sei, mesmo, nunca, sobre nada.
Aiaiaiaiai. Que drama. Mas é que eu sou assim mesmo...
[...]
Mas descobri que o medo me prende quase sempre.
(Para não dizer que é sempre.)
E vivo descobrindo coisas e as esquecendo.
E vivo aprendendo coisas e as desaprendendo.
E sempre estou sobrevivendo, achando que estou vivendo.
Isso não me parece nada correto.


[...]

E no final das contas, tudo é só uma desculpa.
(Entenda como preferir.)

2 comentários:

  1. Ah.
    Não sei, igualmente.

    Só queria dizer que adoro ler seus textos, mesmo que eles não pretendam ser profissionais. Gosto de desabafos, contradições e dramas. Simplesmente gosto.

    Tem algo muito pessoano neles; nos seus, principalmente. E isso é um elogio :)

    Fique bem.
    Te amo *;

    ResponderExcluir
  2. Triste porém bem expresso, dear.

    Bjs.

    ResponderExcluir

:)