quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Ou não.

Ando com um medo profundo de falar "eu te amo".
Parece-me tão vão dizer palavras que necessitam de muito para serem pronunciadas... Elas exigem. Exigem sangue, lágrimas, palpitações, calafrios, tremores, cuidado, candura, bondade...
Eu não quero que o mais belo sentimento seja leviano em minhas mãos ou minha boca.

O Amor merece todo o nosso respeito.

•••

Eu finalmente aprendi a arte do "pouco me importo" [porque ainda é estranho dizer 'não me importo'. Eu nunca vou saber fazer isso.]. Na verdade, aprendi a ir atrás do que eu quero, a arrematar questões mal resolvidas e enfim dormir tranquila. Eu ainda tenho que aprender a não permitir que sentires ruins se apoderem de mim, e que os pensamentos circurlares parem de me aborrecer... Mas fiz o suficiente por esses dias. Já empreguei muita energia na arriscada empreitada do "learning how to live lightly". Bem, não que eu esteja muito próxima do estágio pleno. Mas estou caminhando, isso já é alguma coisa. Agir já não me era característico, dei um passo importante.

•••

Na verdade, I'd like only to give you the last goodbye. The last embrace... E foi o que eu fiz. Uma despedida, apenas. Life goes on. Se eu ainda pudesse confiar totalmente nesses seus olhos tão escuros, tão nebulosos... Mas tudo é vão agora. Falar que houve dor é banal. Não há mais o que ser discutido - já discutimos tão longamente, e sem nenhum resultado... Qualquer lamento não fará o menor sentido. Talvez eu até me sinta ridícula, agora, por aludir vagamente àquilo que eu não queria nem que eu mesma soubesse. Anyway. Life goes on, nada mais pode importar. Nada possui tal direito.

•••

E o meu medo de desrespeitar o Amor... E o meu pavor de que ele se revolte completamente contra mim e me faça passar [once again] pela via-crucis do sentimento. Mas o Amor não faz isso, nunca, com ninguém. Sou eu que faço isso comigo mesma. Como aprender a ser menos idiota [sim, é esse o adjetivo, "idiota"] no trato com os meus pensamentos, sensações, ações e sentimentos? Talvez o destino [ou o que quer que tome conta do futuro dos corações sedentos de uma vida cheia de significados belos em gestos simples, poesias, breathtaking landscapes e congêneres] esteja me reservando uma surpresa agradável... Que finalmente me ajude a curar esse buraco que se formou no meu peito - desde quando eu nem sei -, e que se recusa a fechar.

Ou talvez eu precise encontrar sozinha [como essa palavra doi!] o caminho da minha felicidade. É muito comodismo, decerto, esperar que o destino se encarregue de tudo... Eu sei que preciso lutar. Sei de onde tirar forças. Mas não sei o que me impede de fazer com que tudo funcione. Será que tudo depende mesmo de mim? Isso não me parece consolador. Sinto um cansaço profundo ao pensar em tudo isso.

•••

Eu me canso ao ler minhas palavras. Tudo me parece extremamente confuso e vazio ao mesmo tempo [e eu considero mesmo confuso; mas vazio, não]. Por que eu estou fazendo isso? Também não sei. Acho que esqueci que isso aqui não é a minha agenda, que fica guardada na minha mochila, a qual ninguém lê. Acho que estou com vontade de que alguém tente me entender, talvez eu queira ver se encontro alguém solidário à minha causa. Deve haver muitos, mas poucos ao meu redor. Poucos que de fato se importam com o meu drama, inclusive - que é o drama do sentimento humano descontrolado. Será que há muitos com tal problema? Eu aposto que sim.

•••

E deixa pra lá, você que lê, você que entende. Não se preocupe muito. Só o tempo cura totalmente, só a boa vontade traz verdadeira sabedoria. Palavras de consolo são um lenitivo quase sempre bem vindo... Mas entenda, e eu entendo: não há nada de muito prático a ser feito. Mas... Ter para com o outro um gesto imbuído do mais extremado grau de Amor: isso pode ajudar. Qualquer um, sempre.


•••





3 comentários:

  1. very good my dear friend, "learning how to live lightly" is the best way! I know because I chosen it. The life is too short to walk heavy and slow!

    Remember you real friends always beside you! We will never stop to look after you.

    Much love to your sad heart! Let it heal you.

    Kisses, Kisses, Bye, Bye!

    ResponderExcluir
  2. oh, babe.
    tempo é o senhor de tudo. de tudo o que é bom ou ruim. ele realmente vai te curar. agora e da próxima vez e na vez seguinte à essa...


    cara, já disse e volto a dizer: você não tem duas décadas de vida. se conforma porque ainda vem muita vida aí pela frente.

    e bem, eu estarei aqui pelo resto dela, so ;*

    ResponderExcluir
  3. Não se preocupe minha querida.

    Me disseram uma vez que pra entender o amor você tem que deixar de amar. Então não tente entender.

    ResponderExcluir

:)