terça-feira, 29 de julho de 2008

Sobre Damas e Cavalheiros;


Lavo minhas mãos
E as perfumo. É como...
Como se eu soubesse
Que alguém me pediria
Um carinho, um conforto,
E eu, com toda a cortesia,
O ofereceria assim,
Puro. O suave perfume
Do amor e da paz.

E você me apareceu,
Nobre Cavalheiro!
Montado em seu
Lindo Cavalo de Sonhos,
Caminhava cansado...
Viu meus olhos, e eu te vi:
Era uma humilde súplica,
Um doce pedido de paz,
Seus olhos brilhantes, assim,
Sob a luz da amiga Lua.

Ofeguei e senti:
É a minha hora de dar
Todo o amor que guardei,
Tanto tempo, só para mim.
O cansado, porém corajoso
Andarilho perdido dos sonhos
Agora clama por minhas mãos.

Abri-as. Então voaram
Leves e macias borboletas
A afagarem seu rosto:
Meus dedos. Sutilmente
Curaram as mais profundas chagas,
Floresceram e avivaram
Sua face ressequida e triste.

Meu perfume de amor
Embalou seu calmo sono
Enquanto você repousava,
No meu colo, sua mente guerreira.
Oh, nobre Cavalheiro!
Seu amor e meu amor, juntos,
São um propósito de vida!
Lute por nossa honra,
À minha maneira hei de lutar.

Lavei minhas mãos
E as perfumo, como
Um ritual para a sua chegada,
Como um símbolo sutil e claro
De toda a nobreza do amor
Que guardei para o meu doce Cavalheiro.

3 comentários:

  1. profundo e suave..
    quando realmente se tem amor por alguma coisa tudo parece mais colorido... tudo parece mais feliz.. tudo parece mais claro.. porem o amor traz coisas ruins como o egoismo.. em pensar apenas na nossa felicidade.. mas creio que esse nao seja o seu caso..

    xD

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  2. Concordo, profundo e suave :)
    Não tenho muito o que dizer, essas duas palavras já traduzem seu poema inteiro!

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  3. É sempre bom ver vocação e filosofia juntos... continue assim May, pois vejo para você um cminho próspero no mundo literário.

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:)